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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

RELEITURA DO POEMA : CIDADEZINHA QUALQUER - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Cidadezinha qualquer


Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.

Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham.

Eta vida besta, meu Deus.


Carlos Drummond de Andrade --------------------------------------------------------------------------------

Biografia Carlos Drummond de AndradePoeta, cronista, contista e tradutor brasileiro. Sua obra traduz a visão de um individualista comprometido com a realidade social.

Na poética de Carlos Drummond de Andrade, a expressão pessoal evolui numa linha em que a originalidade e a unidade do projeto se confirmam a cada passo. Ao mesmo tempo, também se assiste à construção de uma obra fiel à tradição literária que reúne a paisagem brasileira à poesia culta ibérica e européia.

Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade natal, em Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.

Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Excelente funcionário, passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.

Predomínio da individualidade. O modernismo não chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros livros de Drummond, Alguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934), em que o poema-piada e a descontração sintática pareceriam revelar o contrário. A dominante é a individualidade do autor, poeta da ordem e da consolidação, ainda que sempre, e fecundamente, contraditórias. Torturado pelo passado, assombrado com o futuro, ele se detém num presente dilacerado por este e por aquele, testemunha lúcida de si mesmo e do transcurso dos homens, de um ponto de vista melancólico e cético. Mas, enquanto ironiza os costumes e a sociedade, asperamente satírico em seu amargor e desencanto, entrega-se com empenho e requinte construtivo à comunicação estética desse modo de ser e estar.

Vem daí o rigor, que beira a obsessão. O poeta trabalha sobretudo com o tempo, em sua cintilação cotidiana e subjetiva, no que destila do corrosivo, no que desmonta, dispersa, desarruma, do berço ao túmulo -- do indivíduo ou de uma cultura.

Em Sentimento do mundo (1940), em José (1942) e sobretudo em A rosa do povo (1945), Drummond lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo. A surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do poeta, mantida sempre.

Alvo de admiração irrestrita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade





Após interpretarmos em aula, o poema de Carlos Drummond fizemos uma releitura da obra traçando um paralelo do lugarejo traduzido pelo poeta e a "cidade de hoje" tão " evoluida e desenvolvida" ....
As releituras foram bem interessantes e avaliaram com precisão o "corre-corre" de nossa moderna forma de viver.....

"LER DEVIA SER PROIBIDO"...

Quando o assunto é ler você resiste?? Acha chato??? Dá um soninho.... Bem assita ao vídeo a seguir e mude definitivamente seu conceito.... Afinal ler devia ser proibido mesmo.......








quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O QUE É CIDADANIA

Resumo:
A história da cidadania confunde-se em muito com a história das lutas pelos direitos humanos. A cidadania esteve e está em permanente construção; é um referencial de conquista da humanidade, através daqueles que sempre lutam por mais direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e coletivas, e não se conformam frente às dominações arrogantes, seja do próprio Estado ou de outras instituições ou pessoas que não desistem de privilégios, de opressão e de injustiças contra uma maioria desassistida e que não se consegue fazer ouvir, exatamente por que se lhe nega a cidadania plena cuja conquista, ainda que tardia, não será obstada. Ser cidadão é ter consciência de que é sujeito de direitos. Direitos à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade, enfim, direitos civis, políticos e sociais. Mas este é um dos lados da moeda. Cidadania pressupõe também deveres. O cidadão tem de ser cônscio das suas responsabilidades enquanto parte integrante de um grande e complexo organismo que é a coletividade, a nação, o Estado, para cujo bom funcionamento todos têm de dar sua parcela de contribuição. Somente assim se chega ao objetivo final, coletivo: a justiça em seu sentido mais amplo, ou seja, o bem comum.

Autor: Marcos Silvio de SantanaFonte do texto: www.advogado.adv.br/estudantesdireito/fadipa/marcossilviodesantana

Aula de Português: Tema Cidadania e Ética



AMOR INCANSÁVEL

Quem não tentou com um gesto ou um olhar
Se reconciliar por ferir alguém?
E em seu viver quem foi capaz
De sobreviver sozinho e seguir além?

E quem não pensou em até desistir
Mas as forças recobrou vendo o outro sorrir?

Percebi que amar é melhor
Quando se faz o bem se renova a esperança
Entendi que o valor é maior
E só ganha quem crê que o amor não se cansa

Quem nada sentiu ao ver alguém sofrer?
E quem nunca derramou uma lágrima?
Quem não parou pra refletir?
Sem ninguém é impossível querer ser feliz

Como não perceber as provas de amor
De um Deus apaixonado que tudo criou?

Autor: Walmir Alencar




Sugestão de atividade de apredizagem : A Ética nas relações humanas



Objetivos:
1- Mostrar a necessidade da relação com o outro na construção do eu.
2- Trabalhar a estrutura de um poema... Estrofes, versos, rimas....
3- Diferenciar as estruturas verso e prosa.
4- Identificar o tempo verbal Pretérito Perfeito dentro do poema.


Sugestão de atividades:

a- Leitura do poema com os alunos em voz alta, para que eles percebam a musicalidade do mesmo.


b- Problematização :


1- Conseguimos viver sozinhos?Justifique sua resposta.
2- Qual a importância do outro na construção de quem eu sou?
3- O que é ter ética num relacionamento para você?
4- Você acha que nas relações que permeiam a sociedade as pessoas aplicam este conceito de ética, ou seja elas são éticas?


c- Contextualizando a gramática:
1- Ao ler o Poema de Walmir Alencar: Amor Incansável você percebeu que o autor nos faz indagações a respeito de situações vividas em nosso cotidiano. Retire do poema uma passagem que comprove esta afirmação.
2- O texto nos fala de muitas ações que praticamos ou não, você certamente sabe que na língua portuguesa temos uma classe gramatical chamada : Verbo que tem esta função de nomear ações que praticamos, agora retorne ao texto e retire todas a palavras que nomeiem ações ou seja retire os verbos que o poema possui:
3- Dentre os verbos retirados você deve ter observado que alguns estão dando noção de tempo para nós, cite quais verbos são estes e em que tempo eles estão:


d- Você sabe qual é a diferença de um texto escrito em prosa e de um escrito em verso? Explique.
e- Pesquise em casa e traga para próxima aula um exemplo de cada tipo de texto citados acima que tenha a mesma tese : A Ética nas Relações Humanas







Professora Silvia

Nossa missão...

O papel do educador no letramento como “professor-letrador”
"Paulo Freire afirma que para o educador, o ato de aprender “é construir, reconstruir, constatar para mudar, o que não se faz sem abertura ao risco e à aventura do espírito”. Esta constatação não está relacionada somente ao educando, pois sabemos que o educador tem que estar sempre adquirindo novos aprendizados, lançando-se a novos saberes, e isto, resulta em mudanças de vários aspectos, como também, gera o enriquecimento tanto para o educador quanto para o educando, que com certeza lucrará com esse desenvolvimento. Então, necessário é que o educador atente-se para aquilo que é sumariamente importante na sua formação, ou seja, “o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática”, e, “quanto mais inquieta for uma pedagogia, mais crítica ela se tornará” (FREIRE, 1990).